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quinta-feira, 30 de julho de 2009

USANDO SERES MUITO PODEROSOS NO JOGO


Antediluvianos,Incarnas,Primi,Grandes Lordes,Deuses.

Como Mestre,eu reconheço que a tentação de colocar um desses poderes na trama é enorme.

Meu lado sádico daria cambalhotas vendo um personagem valentão com as pernas bambas diante do mal puro e absoluto de um Grande Lorde.

Mas o fato,é que em 90% das vezes em que um Mestre envolve um desses super-NPCs,não era necessário mais do que um lacaio de alto nível,ou até menos.

Batendo numa tecla já mais do que batida: "SE A CADA HISTÓRIA OS JOGADORES SE DEPARAM COM UM DESSES SERES,LOGO,ESTARÃO TÃO ACOSTUMADOS QUE DEPOIS DE UM TEMPO JÁ ESTARÃO CHAMANDO O ARCANJO GABRIEL DE "BIELZÃO".

Imaginou?

O negócio,é que é extremamente difícil,pra um jogador e muitas vezes também para o Mestre,estimar o estado de terror que estar na presença de uma criatura maléfica como um Grande Lorde do Inferno.

Pois bem,tentem isso: feche os olhos e imagine que você está perdido no meio do oceano,sozinho,só com a roupa do corpo e mais nada,e de repente,você percebe nadando ao seu redor um tubarão branco de uns 6 metros de comprimento,e logo agora que seu nariz começou a sangrar por causa do maldito sol.

Imaginou a sensação?

O pavor?

Agora multiplique isso por mil,e começará a entender o que a presença do mal absoluto faria com o seu personagem destemido.

Algumas coisas,simplesmente são maiores do que nós.Maiores do que a coragem do destemido,que a ousadia do intrépido,e do que a fé do crente.

Tá,mas e daí?

E se você estiver a fim de por algum,ou todos eles na sua história? Afinal ela é sua.

Bem,assim como existem inúmeros motivos para um personagem comum não encontrar um desses seres,existem outros inúmeros que justificam um encontro.

Optando por seguir uma linha,eu escolheria a da coincidência.

Por que será que um artefato aparentemente sem importância que o grupo está procurando,na verdade pertence a um Deus,que o perdeu há alguns milênios,e agora quer negociá-lo com os que o recuperaram?

Ou porque o Lorde para quem os personagens trabalham é um servo de confiança de um Grande Lorde,que tem um trabalho a fazer na Terra,mas não quer enviar servos poderosos demais porque chamariam muita atenção,e resolve usar os personagens e lhes passar os detalhes pessoalmente.

Ou um jovem ancilae proeminente que se vê envolvido na Jyhad,e se torna o "queridinho" do Antediluviando recém-desperto do Clã.

Ou uma matilha que cai nas boas graças de espíritos poderosos (como um Incarna),devido aos seus grandes feitos em nome de Gaia!

E na minha opinião,dependendo do Primus (uns são BEM mais difíceis de se encontrar),ele estará "razoavelmente acessível" a assuntos que um ou mais Serafins considerem importantes,desde que algum personagem tenha um status razoável.

Enfim,mesmo que os puristas digam que não,usar um NPC com poderes nesse nível,se bem proposto e executado pelo Mestre,introduz novas sensações e redefine os limites de poderes de uma crônica,mostrando aos jogadores que sempre haverá alguém mais forte,e que algo,muito belo ou bizarro,com certeza existe lá fora.

2 comentários:

  1. Acho que o jogador percebe quando o narrador poem um NPC forte, apenas pela descrição que ele dá. Quanto mais detalhada e cheia de magnitude, mais ele vai saber que não deve mecher com o cara. Mas gostei muito da dica:
    "em 90% das vezes em que um Mestre envolve um desses super-NPCs,não era necessário mais do que um lacaio de alto nível,ou até menos."
    Isso é bem verdade.
    abraços!

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  2. Concordo com você sobre os jogadores acharem que o NPC é mais importante de acordo com a maior quantidade de detalhes.
    Tem coisas que já estão arraigadas nas mentes de jogadores e Mestres.

    Vlw!

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