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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Vampiros Seculares e os Novos Tempos

Esses dias andei relembrando Entrevista com o Vampiro (o livro e o filme), principalmente a parte em que o Armand, em mais um ataque de boiolagem, diz que precisa do Louis, como uma ponte para os tempos modernos, ou morrerá. (uiii)

Brincadeiras à parte, qual é a real importância,para um vampiro secular, não perder o fio da meada do tempo, e conseguir se adaptar à vida moderna?

Depende.

Para um ancião cuja fortuna está em títulos e/ou fundos conservadores, os contatos não são mais tão importantes quanto antes, não corre risco de que um novo e dinâmico sanguessuga tente tomar seu território, e francamente não tá nem aí pro mundo, a tecnologia atual é realmente irrelevante.

Mas e o ancião que ainda está no jogo?

Para esse, a tecnologia moderna, com certeza é importantíssima.


 Muito bonito,mas pouco prático

O acesso a informações através da internet, é algo que nunca poderia ser sonhado pela mente mais brilhante há 200 anos. A velocidade de comunicação com crias e subordinados via telefone celular, coloca no chinelo os mais ágeis mensageiros de antigamente, e uma simples tranferência bancária pela internet, poupa o ancião ou seus lacaios de serem obrigados a andar com somas vultosas de dinheiro vivo em mãos, para qualquer negóciação e/ou eventualidade (subornos,etc.).

Existem inúmeras comodidades, que sem o nível tecnologico atingido atualmente,não poderíamos sequer desejar.

Infelizmente, o fato é que às vezes, a tecnologia atual simplesmente não entra na cabeça de alguns.


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Se meu pai; com 52 anos, chama o DVD Player de Videocassete, o que dizer então de um ser que vive há 500 anos?

Então, até onde se faz realmente necessário, conhecer, entender e saber usar o aparato tecnológico atual?

Não acho que seja vital, mas com certeza o ancião que domine as novas tecnologias, leva alguma vantagem sobre um que não saiba usar um computador, pelos motivos já mencionados acima. É claro que um antigo terá um bando de subordinados, que poderão fazer tudo isso pra ele, humanos ou jovens vampiros, antenados com o mundo. O problema nisso é:

O quanto um ser que existe há séculos, numa sociedade fechada e dezenas de vezes mais competitiva e ardilosa do que a humana, que desde sempre confiou apenas em si mesmo, consegue suportar o fato de que depende de um moleque de 25 anos pra concluir uma transação bancária no Japão, via internet, que aumentará seu patrimônio em alguns milhões?

Aí é que entra o aspecto emocional, o que eu realmente acho que o Armand, do alto de sua sabedoria (e boiolagem...), estava querendo dizer ao jovem Louis.

Quantos de nós conseguiríamos viver num lugar em que não sabemos fazer quase nada?

Num lugar em que não conseguiríamos fazer sem pedir ajuda, coisas simples como falar com alguém numa cidade vizinha?

Pegue a frustração do meu pai ao não conseguir assitir um DVd sem pedir ajuda de alguém, e multiplique por mil. Agora pegue um ancião completamente frustrado, convencido de que o tempo correu rápido demais e ele ficou pra trás, e temos aí a receita perfeita para um longo sono, ou até um suicídio do vampiro secular.

No fim das contas, a força de vontade do vampiro é que vai fazer a diferença entre adaptação, longo período de sono ou suicídio.

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